Seguimos numa busca incessante por um lugar

mulheres, natureza e cultura

Autores

  • Cláudia de Oliveira UFRJ
  • Paula Guerra

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v16i41.1991

Palavras-chave:

Juliana Notari, Amuamas, Ecofeminismo

Resumo

O artigo propõe uma reflexão sobre a videoperformance Amuamas, feita pela artista brasileira Juliana Notari na
Amazônia brasileira em 2018. Partimos das premissas epistemológicas do ecofeminismo, que pensa o corpo feminino como índice de uma associação mais ampla entre o feminino e a natureza e entre a Mãe Terra e a Mata Virgem. Essa prática investigativa opõe-se à noção masculina e patriarcal de cultura que, ao se propor hegemônica e universal, milenarmente posiciona a Mulher e a Natureza como matéria de exploração. Fazemos um breve panorama da emergência da história da arte feminista, campo no qual se inserem artista e obra e que denuncia a narrativa tradicional da história, especialmente a história da arte, que exclui os oprimidos pelo capitalismo. Em seguida, analisamos a obra num esforço de reflexão que a coloca como uma denúncia das relações de opressão baseadas na colonialidade heterossexual do poder e na ocultação de histórias de violência contra os Outros, neste caso, contra o Outro feminino e o Outro natureza. Rematamos, reiterando que as Amuamas representam o encontro da artista com a floresta, mas não só, já que a floresta representa todas as mulheres e todos os Outros, mortos ou oprimidos pela colonialidade/modernidade, pelo homem, branco, europeu, cristão.

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Publicado

2023-08-07

Como Citar

DE OLIVEIRA, C.; GUERRA, P. Seguimos numa busca incessante por um lugar: mulheres, natureza e cultura. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 16, n. 41, p. 1–29, 2023. DOI: 10.15848/hh.v16i41.1991. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1991. Acesso em: 9 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Corpos, tempos, lugares da historiografia