TY - JOUR AU - Charbel, Felipe PY - 2020/04/12 Y2 - 2024/03/28 TI - As novas fisionomias do romance histórico JF - História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography JA - Hist. Historiogr. VL - 13 IS - 32 SE - Artigo DO - 10.15848/hh.v13i32.1530 UR - https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1530 SP - 19-46 AB - <p>O artigo discute a questão da referencialidade no romance histórico, a partir da comparação entre sua forma clássica e suas formas contemporâneas. A primeira seção trata da “composição mista de história e invenção” que, segundo Alessandro Manzoni, foi o principal traço do romance histórico realista. Na seção seguinte, discute-se como o romance meta-histórico da segunda metade do século XX – casos de&nbsp;<em>Disgrace</em>&nbsp;(J. M. Coetzee) e&nbsp;<em>El entenado&nbsp;</em>(Juan José Saer), eclipsa o problema da referencialidade, com a pressuposição de que o romance histórico deve operar nos termos dos seus próprios procedimentos, e não nos da história. Nas seções seguintes, o foco se volta para a guinada referencial que marca boa parte das narrativas literárias do século XXI. Três romances são discutidos a partir dessa chave de leitura:&nbsp;<em>El material humano</em>, de Rodrigo Rey Rosa;&nbsp;<em>K. Relato de uma busca</em>, de Bernardo Kucinski; e&nbsp;<em>Jan Karski</em>, de Yannick Haenel. O que se argumenta é que a inversão de polos – da não referencialidade à tendência referencial, é uma faceta inesperada da elasticidade do conceito e da prática da ficção, que, ao negar a si mesma, termina enriquecendo o seu próprio jogo.</p> ER -